LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

Pesquisar

30 de maio de 2006

CARNE, SANGUE E PROBLEMAS

O pai do personagem de Leonardo DiCaprio em "Gangues de Nova Iorque" deu uma das mais precisas definições de ser humano que eu já ouvi até hoje: o ser humano é uma criatura feita de carne, sangue e problemas.

Problemas fazem parte da vida de todo ser humano que já pisou ou que ainda há de pisar sobre a face desse planeta maravilhoso chamado de Terra. Um ser humano sem problemas não é um ser humano completo. A ausência deles, assim como o seu excesso, causa depressão e suicídio. Portanto podemos considerar que os problemas são necessários à vida de uma forma geral tanto quanto o oxigênio é fundamental para a maior parte dos seres vivos em nosso planeta.

De predadores à presas, se seres humanos à organismos unicelulares. Cada um tem seus problemas para resolver, e assim, cumprir sua função. Por que tudo tem uma função, afinal.

Para alguns como eu, problemas derrubam, já para outros, problemas são trampolins. Para algumas pessoas que são derrubadas, levantar é mais fácil, já para outras, é muito difícil, e entram em depressão profunda.

De uma forma ou de outra, cada vez mais eu me compadeço com qualquer um que passe por problemas, por que independente da sua postura positiva ou negativa diante da situação, um problema é sempre um problema, e nenhum problema é "moleza" de se superar, por que se não, não seria chamado de problema, certo?!

O que procuro observar como regra para lidar com meus problemas é dimensioná-los como o que são de fato. Nem mais, nem menos. Após isso, se for o caso, deixar o meu humor ficar como ele deve ficar, naturalmente, dependendo do problema.

Já enfrentei problemões de cabeça erguida e problemas pequenos me derrubaram para uma fase depressiva. Isso depende muito do meu estado de espírito no momento, e de uma série de fatores tão sutis quanto os níveis de determinados componentes químicos em meu organismo. Cada problema me atinge de maneira diferente por que eu mudo com o passar do tempo, por isso não há como me comportar sempre da mesma forma. Posso ter um padrão de comportamento, mas com pequenas curvas.

Mas, mais do que isso, o que de fato ajuda é saber que, de todos os problemas que eu tive, e arrisco dizer, de todos os problemas que alguém nesse mundo possa enfrentar, todos são temporários. Fora d´água todo peixe de debate lutando pela sua vida, e da mesma forma todo mundo se meche para resolver seus problemas.

Sei que existem algumas situações que a pessoa não tem como resolver por si mesma, como guerras e fome. Mas se a pessoa não tem como resolver, Deus tem. Então o maior problema que o ser humano deveria ter seria se relacionar com Deus. "Busque primeiro o reino de Deus, e todas as outras coisas lhe serão dadas".

Busque primeiro se entender com Deus, porque do resto, se você não segurar o rojão, Ele segura pra você.

22 de maio de 2006

PROBLEMAS E MAIS PROBLEMAS

Hoje eu estou me sentindo mal. Sinto-me pequeno como ha muito tempo não me sentia. Sinto-me insignificante, prestes a ser esmagado pelo mundo com uma pisada bem forte de uma bota de ferro enferrujada. Sinto-me frágil, fraco, impotente, incapaz e inábil.

São tantos problemas nessa vida... e a maioria deles originários na falta de dinheiro, o que eu admito, são os menores se comparados com outros problemas como de relacionamentos.

Pagar pelo apartamento tem se mostrado uma tarefa muito penosa para mim, quase não me resta dinheiro no final do mês (metade do meu salário morre nisso). Minha única diversão tem sido colecionar as figurinhas da copa... isso por que o envelope custa R$0,60 o que já tenho considerado caro ultimamente.

Não tenho dinheiro para fazer um monte de coisas que eu queria, simples até, como ir ao cinema com a Cris, comprar umas camisetas novas de R$20,00 ou guardar dinheiro para comprar um carro. Não tenho dinheiro para ajudar a pagar as contas de casa como eu gostaria (pelo menos até eu me casar). Não tenho dinheiro para ajudar a Cris quando ela precisa... se bem que, no caso dela, algumas dificuldades sejam pelo fato de que ela nunca soube empregar seu dinheiro da maneira correta, e agora está sentindo na pele as conseqüência e com isso possa aprender. Mas assim mesmo, queria ter como ajudar.

Não ter dinheiro para, ao mesmo tempo em que se paga os preparativos do casamento (incluindo ai o apartamento e demais indumentárias), pagar coisas como um bom médico para resolver algum problema de saúde (por que Unimed e Uniodonto parecem nunca ter a cobertura que se precisa) me deprime. Não ter dinheiro para dar o dízimo me deprime também.

Isso tudo me derruba às vezes, sabe? Não sei dizer se isso é algo pequeno, a ponto de me classificar como uma pessoa muito, muito, muito pequena e de pouca fé. Só sei que eu estou preocupado, me sentindo deprimido sim por hoje, durante o dia todo. Sei que amanhã ou depois este sentimento já terá ido embora, e que como um amigo me disse hoje, me preocupar é perda de tempo.

Mas neste momento eu quero apenas pedir a Deus que me perdoe por ter tão pouca fé. Por me deprimir com problemas tão simples, e por ser tão pecador. Eu sei que, independente do problema, só tenho a agradecer ao Senhor Jesus por que, se tenho dificuldades para pagar pelo meu apartamento, é por que Ele me deu condições de comprar um. E se eu tenho dificuldades em conseguir juntar dinheiro para me casar e problemas de relacionamento com meus sogros, é por que ele já me abençoou com uma mulher que me ama de verdade.

Me perdoa, Pai. Me perdoa, e me permita lhe entregar cada um dos problemas que tanto me afligem, pois o Senhor mesmo nos disse para atirarmos em ti nossas aflições e encontrarmos assim a paz.

Se não posso contar com ninguém para resolver estes problemas, sei que com o Senhor eu posso. Por mais que algumas pessoas insistam em me dizer que não, e por mais que o maligno sussurre em meus ouvidos que eu sou um maldito pecador que não tem o direito de dirigir-se ao Senhor, que não merece sua salvação, perdão ou amor... eu sei que Tu me ouves.

15 de maio de 2006

PCC E HISTERIA COLETIVA


Este foi o dia em que vi a população de Campinas mais desesperada. Com certeza, foi uma experiência assustadora e histórica, que muitas pessoas vão se lembrar com desagrado. Boatos correndo a cidade toda, telefones totalmente congestionados, trânsito caótico e tudo quanto é empresa e estabelecimento fechando rapidamente um pouco depois do meio da tarde. E olha que o que aconteceu em Campinas não foi nem metade do que aconteceu em São Paulo.

Como alguns jornais relataram, não foi preciso a polícia ou as autoridades declararem toque de recolher para que a população, instintivamente, fizesse isso. Já estamos acostumados a não depender deles, e como todos andam a anos com os nervos em frangalhos devido à violência diária que temos, não foi preciso um político (que anda de segurança armado) nos falar o que devíamos fazer, certo? Portanto, todos trataram de ir para casa rapidamente antes de escurecer, só que todos ao mesmo tempo. Nunca tinha visto congestionamento para ir para Sousas, e graças a Deus por meu irmão ir me buscar de carro.

Para mim, o mais marcante de tudo foi me sentir um grão de areia levado pelo vento. Sinceramente, pego no meio da histeria coletiva, eu tinha dúvidas se eu conseguiria chegar em casa vivo, ainda mais que os ônibus estavam para cancelar a circulação e haviam pessoas correndo pelas ruas como se estivessem fugindo de algo. Foi, no mínimo, o dia mais estranho dessa cidade, e depois me senti um idiota ao perceber que a maioria da histeria era sem fundamento. Mas como dizem por ai, é melhor ter precaução demais do que de menos nestes casos.

Eu olhava para o Sol poente e imaginava que o perigo era como um vampiro que só sai de noite. A cada minuto a impaciência, não só minha mas aparentemente a de todos, ia crescendo junto com a escuridão. Tudo o que as pessoas queriam era correr para suas casas, se trancar nelas atrás das já habituais grades, portões e cadeados, ligar a TV e ver o que estava acontecendo do lado de fora. É uma vida triste a nossa. Sem emprego, sem dinheiro, sem expectativa de melhorias, sem segurança...

A tempos que eu digo que não gosto mais de viver em Campinas. A violência que já ocorre nesta cidade a muito tempo é um dos fatores preponderantes, mas existem outras coisas também. Espero conseguir ir para o Canadá em 2008, como planejo. Espero mesmo!

Entre o frio e a violência, fico obviamente com o frio, já que eu posso me aquecer mas não posso me proteger, por que o Estado, que devia fazer isso por mim, além de não fazer, não me deixa me proteger. Imagina então se aquela palhaçada sem tamanho do desarmamento tivesse acontecido... governo maldito sem vergonha!

Jesus amado... tenha misericórdia de nós, senhor. Tenha misericórdia de mim, me ajuda a ser alguém melhor, segundo a tua vontade, Pai! Porque a coisa ta preta por aqui e eu tou ligado que ou eu vou acabar indo dormir naquele caixote logo logo ou o Senhor vai vir acabar com a festa do tinhoso aqui na Terra, Senhor. Em qualquer uma das situações, quero estar pronto para Ti. Me ajuda a ser quem Tu quer que eu seja, Senhor. Mesmo no meio dessa loucura toda, Pai. Ou mesmo que eu vá para o Canadá, o que eu ainda não sei se é o que o Senhor quer para mim, mas pretendo tentar e, se for da tua vontade, de fato conseguir.

7 de maio de 2006

O SONHO CANADENSE

Parafraseando um reporter, "quando a fase é ruim tudo dá errado". O Timão perdeu de novo pro São Paulo, de virada, mesmo jogando melhor. Mas como dizem, quem ganha é que joga melhor, então eu tenho que calar a minha boca, engolir o choro e esperar que o Corinthians tome jeito como um todo.

Eu não sei explicar por que eu gosto do Canadá e me sinto atraído por lá. Desde criança eu tenho fascínio, aliás, uma das primeiras histórias que eu escrevi (pra quem não sabe sou escritor nas horas vagas) se passava no Canadá, isso quando eu tinha mais ou menos 12 anos.

Quem sabe é a neve, ou a sociedade desenvolvida da qual sempre ouvi falar, ou o Wolverine e a Tropa Alfa, ou o Nickelback, ou a Alanis, ou o Dead From Above 1979, ou o Terrence & Phillip... o que importa afinal? O que importa é saber que eu tenho pensado cada dia mais e mais como seria bom conseguir imigrar para lá coma Cris, sabe? Trabalhar, estudar, ter minha familia lá... pode até ser que eu esteja fazendo uma utopia na minha cabeça com essa história.

Tenho certeza que lá também deve ter problemas. Tipo, não ter como comer bananas todos os dias, nem ter uma praia descente pra ir nos feriados, e o frio... mas eu já não curto comer bananas tanto assim, odeio praia e adoro o tempo frio pra poder me agasalhar todo. Então acho que seria perfeito, ao menos para mim.

Amigos? Eu já não tenho muitos por aqui mesmo... arrumar emprego? Mais difícil do que aqui não deve ser... inglês? Eu estou estudando e já me comunico mais ou menos... francês? Não... quero ir pra Columbia Britânica...

Em todos os aspectos, me parece que ir para lá é a melhor coisa que eu poderia fazer na vida. Semana passada começei a pesquisar a sério toda a papelada que tem que levar no consulado, quais as opções de imigração, como é o mercado de trabalho por lá, quais cidades seriam melhore para viver... é gostoso, mas como tudo o que eu faço de novo, me da medo, como a Cris mesma me disse hoje.

Não sei se esta é a vontade de Deus. Espero que ele a manifeste logo e claramente para mim, por que se ele não quiser, não adianta espernear pra ir que não vai dar certo. Mas se der para ir... ah, que sonho. Só de me imaginar naquele país constituído por uma sociedade educada, com pessoas educadas e cultas, e não esta selva aqui, cheia de políticos corruptos, de pessoas que querem passar as outras para trás, que parece que gostam de machucar umas as outras, eu dou um sorriso. Se o Senhor permitir, eu quero sim ir para lá. E se ele quiser que eu e a Cris moremos lá, sei que ele vai nos apoiar, e por isso mesmo, eu não devo ter medo.

Passei um final de semana muito bom, como a tempos não passava. Mesmo com salário atrasado a mais de uma semana e contas atrasadas, foi um dos finais de semana mais gostosoque tenho em meses... eu te amo, Cristiana!

5 de maio de 2006

CORINTHIANS 1 x 3 RIVER PLATE

O que posso falar da noite de 04 de maio de 2006 a não ser "vergonhosa"?

Sou corinthiano e estou mordido. Mordido por que, além da arbitragem que meteu a mão no Timão, o time jogou mal demais. E por que jogou mal?

Não é atoa que o Corinthians é, dos times do Brasil, o mais brasileiro. É o que desperta maior paixão, é o que mais sofre, é o mais injustiçado, é o mais cobrado, é aquele do qual mais desconfiam, é o mais criticado, é o mais roubado, e, assim como Brasil, é o mais mal administrado.

Os problemas do Corinthians não estão na superfície. A culpa não é dos jogadores, nem do técnico. A culpa é de quem decidiu fazer as coisas desta forma. A culpa é da diretoria miserável e mafiosa que se apossou do clube e só se preocupa com o dinheiro que pode espremer da "marca" Corinthians.

Pode vir o Kia que for, pode injetar a grana que quiser, o Corinthians vai continuar nesta situação triste enquanto não tiver uma administração coesa, firme, correta e com foco na formação de um time verdadeiramente campeão. O Tevez vai embora, não digo nada se o time não for desmontado (para evitar prejuízo maior dos investidores), o MSI desfazer a parceria e o timão voltar à estaca zero em que estava quando quase caiu para a segunda divisão em 2004.

Para melhorar, as mudanças não devem se limitar apenas à contratação de jogadores de nome, mas sim de jogadores bons de verdade (com vontade de jogar), na contratação de um técnico verdadeiramente de ponta (acho que agora o Leão vai vir, mas será que vai ser uma boa?) e na construção de uma estrutura adequada e na elaboração de um verdadeiro plano de trabalho.

Um CT ajuda, mas não vejo como fundamental. Um estádio dá status, mas não ganha campeonato que é o que o povo quer. O que o Corinthians precisa é de uma diretoria nova e compromissada com o time, que entenda de futebol, que ame o clube e a torcida, e que trabalhe de forma a nos levar às vitórias que todos queremos. Incluindo ou não CT e estádio.

Não posso excluir também o que vejo como o maior problema do Corinthians, que é essa torcida fanática e maluca, maravilhosa e terrível, a Nação Corinthiana. Sim, um dos maiores problemas do time é a própria torcida, apaixonada, que pode empurrar o time para a vitória como uma avalanche, carregar o time nas costas nas vitórias, ou fazer o que fez ontem a noite. É uma faca de dois gumes, afiada por igual em cada um deles.

Não sei quanto a outros "manos", mas eu estou cansado. Cansado de ser "zoado" por pessoas de outros times (muitos menos campeões do que o Corinthians), de ser esculachado por amar este time que ainda considero o único merecedor do meu coração. Mesmo tendo sido o ultimo campeão brasileiro, parece que isso não é o suficiente para merecermos respeito. Nenhum título é o bastante para o Corinthians, sempre desmerecemos, roubamos ou, quando ganhamos bem, o título em questão é desconsiderado como importante. Se ganharmos o mundial, vão falar que o mundial é só um campeonatinho, ou que roubamos...

Passado o momento de tristeza, fica a velha esperança, surrada e abatida, mas viva. Esperança de que as coisas mudem, e de que o time vá pra frente. Mais um campeonato brasileiro para ganhar será bom para acalmar os ânimos e ano que vem, quem sabe com uma diretoria de verdade, e com um time que convença mais principalmente na defesa, possamos sonhar uma vez mais com a Libertadores...

Estou com o salário atrasado a mais de uma semana, estou com um monte de contas pra pagar, ontem passei mal na academia e meu time perdeu feio... o Sol pode estar brilhando e o céu pode estar azul, mas para mim, o dia está cinzento. Sou isso ai mesmo: um típico corinthiano, maloqueiro e sofredor.

AVANTE, CORINTHIANS!!!

3 de maio de 2006

SUPERMAN RETURNS

Justificar
Não sou assim um super fã do Super Homem nos quadrinhos, fora em alguns albuns especiais como "O Reino do Amanhã" e a fase até "A Morte e o Retorno do Super Homem". Mas sou muito fã dos desenhos animados e, principalmente, dos filmes.

E qual não foi o meu deleite ao ver que as minhas esperanças de que o novo filme do azulão será um dos melhores do ano estão sólidamente fundamentadas, já que o trailler ( http://www.omelete.com.br/superomelete/filmes/paginas_db/superman_o_retorno_-_trailer.asp ) demonstra que Brian Singer é de fato o melhor diretor para filmes baseados em quadrinhos existente! De boa, o cara é fera demais!

Quem me conheçe sabe que eu sou completamente viciado em cinema. Este ano haverá muitos ótimos lançamentos que eu não quero perder de jeito nenhum. Se tiver que ver só estes filmes este ano, me darfei pos satisfeito: X-Men 3, Superman Returns, e mais dois filmes com o hilário Jack Black: Natcho Libre, e o filme do Tenacious D, a banda doida que ele e um amigo (Kyle) tem.

2 de maio de 2006

A TIRANIA DAS APARÊNCIAS



Uma amiga me enviou por e-mail esta entrevista de 01/11/2005 feita pela revista ISTO É junto a Roberto Shinyashiki. Achei interessante por que fala muita coisa que eu e mais um monte de gente pensa, mas ficaa pergunta para o final: e agora, como podemos mudar essa porcaria?



O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta. É contratado sujeito com mais marketing pessoal. Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias. Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos felizes, motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência.

Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança de atitude. "O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras."


ISTOÉ - Quem são os heróis de verdade?
Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.


ISTOÉ - O Sr. citaria exemplos?
Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.


ISTOÉ - Qual o resultado disso?
Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.


ISTOÉ - Por quê?
Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações públicas. Contratei na hora. Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.


ISTOÉ - Há um script estabelecido?
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um presidente de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar." É exatamente o que o chefe quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir." Isso significa que quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTOÉ - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?
Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.


ISTOÉ - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem, parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que está tudo bem.


ISTOÉ - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos
em tudo e de valorizar a aparência?
Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O técnico.Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham." Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar Super-heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.


ISTOÉ - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?
Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é delas.


ISTOÉ - É comum colocar a culpa nos outros?
Shinyashiki - Sim. Há uma tendência a reclamar, dar desculpas e acusar alguém. Eu vejo as pessoas escondendo suas humanidades. Todas as empresas definem uma meta de crescimento no começo do ano. O presidente estabelece que a meta é crescer 15%, mas, se perguntar a ele em que está baseada essa expectativa, ele não vai saber responder. Ele estabelece um valor aleatoriamente, os diretores fingem que é factível e os vendedores já partem do princípio de que a meta não será cumprida e passam a buscar explicações para, no final do ano, justificar. A maioria das metas estabelecidas no Brasil não leva em conta a evolução do setor. É uma chutação total.


ISTOÉ - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?
Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse. Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.


ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?
Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno. Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os MBAs ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias potencialidades. "O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta. É contratado o sujeito com mais marketing pessoal"


ISTOÉ - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: " Você tem de estar feliz todos os dias." A terceira é: "Você tem que comprar tudo o que puder ." O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: "Você tem de fazer as coisas do jeito certo." Jeito certo não existe. Não há um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você precisa ser feliz tomando sorvete, levando os filhos para brincar. Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu quero ser feliz." Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro em imóveis.

1 de maio de 2006

FERIMENTOS

Não tenho as palavras exatas para explicar o vácuo que eu sinto no meu coração. Não estou falando de um sentimento de ausência de Deus, mas sim de uma tristeza dolorosa que me faz sentir encolhido diante do meu objeto de dor.

Há muitas formas de se magoar uma pessoa, e muitas mais de se causar tristeza. A pior de todas é quando alguém tem uma idéia deteriorada sobre você, te trata de maneira má, e você simplesmente não pode fazer nada a respeito por que esta pessoa não tem capacidade e entender a sua realidade. Essa pessoa não sabe se colocar no seu lugar.

Este feriado foi um daqueles feriados que metade eu podia ter jogado no lixo e a outra metade eu podia ter mandado emoldurar. Céu e inferno ao mesmo tempo, coisas boas seguidas de coisas ruins... foi bom rever boa parte da minha família em São Paulo fora algumas coisas chatas que aconteceram comigo e com a Cris (mas qual família, grande como a minha, que não rolam coisas chatas em reuniões como a deste feriado?).

E depois... já me cansei dos problemas que tenho com os pais da minha noiva. Cansei de verdade, cansei demais... e isso me joga em uma depressão tão chata que faz com que até respirar seja algo difícil. Vai ser uma semana difícil para mim...

Ser aceito como a gente é por todo mundo é o sonho utópico da humanidade. A verdade é que somos muito diferentes uns dos outros, e as pessoas diferentes não se gostam. Por que formamos grupinhos já no ginásio, se não pela afinidade?

Cansei dessa humanidade egoísta e incapaz de aceitar uns aos outros. Cansei dessa idiotice diária de trabalhar para morrer pagando contas de coisas que me fizeram querer. Cansei dessa perda de tempo chamada sociedade, desse manicômio chamado de família e dessa insensatez chamada de vida...

Contas comendo meus calcanhares, salário atrasado, serviço chato, falta de perspectiva de vida futura, incapacidade de me ver como vencedor, situações familiares desagradáveis, obesidade, falta de tato social... eu sou uma pessoa pessimista de fato, e é nisso tudo que minha vida parece se resumir.

Hoje é um daqueles dias em que eu queria deixar de existir. Me perdoa, Jesus... me perdoa e me ajuda, Senhor...