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8 de abril de 2009

CALL OF DUTY 4 - MODERN WARFARE


Faz algum tempo que eu andava namorando dois games para jogar: GTA IV e CALL OF DUTY 4. Este último peguei para jogar semana passada, e é um jogo que me pegou de jeito: jogá-lo é muito bom!

Já havia ouvido falar muito bem dele em sites especializados e de algumas pessoas que conheço. “Call of Duty 4: Modern Warfare” é atualmente o melhor game de guerra que existe. A série da qual este jogo faz parte era focada em batalhas da 2ª Guerra Mundial, mas esta edição se passa na atualidade, com armas e equipamentos de ponta que as tropas usam no Iraque hoje em dia naquele front e na luta contra o terrorismo.

Não tenho muito o que se falar a respeito do enredo, mas sim sobre a jogabilidade. Não é mais você sozinho contra o mundo. Você na verdade está sempre acompanhado de outros militares (capitães, sargentos, tenentes, etc) com os quais realiza as missões, que vão de batalhas abertas na invasão ao Iraque (na pele de militares norte-americanos) até operações especiais contra terroristas no leste europeu (na pele de oficiais ingleses).

O que mais me impressionou é que o jogo tem a capacidade de te transportar para dentro da ação quase como se você estivesse ali. A trilha sonora, os efeitos, a ação ininterrupta, a tensão da batalha, a velocidade... você se comporta como se estivesse mesmo naquela situação tamanha a qualidade do game. E o mais estranho é que, por mais idiota que uma guerra seja, por mais perigosa e insana que esta ação seja, de certa forma eu já sabia mais ou menos o que fazer, AS COISAS PARECIAM NATURAIS.

Não sei se é de tanto ver filme ou se isso realmente é algo inerente ao ser humano (mais precisamente aos homens), mas quando avançamos em um terreno, não preciso esperar que um dos personagens fale o que fazer ou como avançar por ali. Instintivamente já avanço pelos flancos com arma em punho e atenção redobrada. Intercalo o avanço com outros membros da equipe mantendo a retaguarda. Inspeciono o local. Aguardamos. Rastejamos. Estabelecemos perímetros. Em fogo cruzado já sei qual a melhor posição para atirar e me proteger. E por ai vai...

Sei que um soldado é treinado para se comportar desta forma e o faz infinitamente melhor do que eu faria, mesmo porque consegue pensar estando cansado (carregando quilos de equipamento, correndo, levando tiros e colocando sua vida em risco de verdade). Mas de certa forma existe uma naturalidade de ação nesta coisa que me deixou pensando: a guerra é realmente inerente ao ser humano? Somos preparados (por seleção natural ou não) para enfrentar este tipo de situação? Porque gostamos tanto de brincar, quando crianças, de guerrinha (perdi a conta de quantas vezes brinquei disso no quintal da minha casa), ou quando adultos, de paint-ball?

A guerra pode ser idiota, desnecessária, violenta e injustificável. Mas uma coisa ela é: genuína. Não existe diplomacia na guerra, só a real intensão, a verdade nua e crua. Um pais quer uma coisa de outro país, vai lá e a toma pela força, sem políticas, sem arbitragens. É a manifestação mais bruta e real do ser humano, aonde ele pode se comportar como o que realmente é, sem máscaras de civilização ou regras de conduta social. É a vida e a morte no sentido mais básico que conhecemos.

Eu acho que o homem sente falta de coisas básicas em sua vida, pois hoje em dia exigem que tenhamos sofisticação, que vivamos em diversas camadas de máscaras, que engulamos nossos sentimentos mais primais e sejamos praticamente o que não somos. Seria bom que buscássemos coisas básicas que não a guerra. Mas como pode-se ganhar muito dinheiro com elas (inclusive com games), sua cultura não cessará.

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