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5 de outubro de 2009

CAPITALISMO DIABÓLICO

Leia a matéria “Vice-presidente pede demissão de empresa após 24º suicídio”.


Olhe para a cara deste homem, cujo nome é Louis-Pierre Wenes. Você pode imaginar que ele é um maldito executivo que gosta de massacrar seus funcionários, um crápula que adora ver o sofrimento das pessoas ao jogar sobre elas toneladas de pressão e responsabilidade.

Ele teve uma boa parcela na culpa pela morte destas 24 pessoas. Sim, morte. O sangue destas pessoas está em suas mãos. Mas espere um pouco... será que alguém já se perguntou porque realmente ele fez isso?

Este homem com toda certeza deve ter sofrido uma pressão enorme de seu presidente e dos acionistas/proprietários da empresa. A empresa devia dar lucro, e lucro significa o máximo de rendimento com o mínimo de custo, mesmo que você tenha que deixar uma pessoa fazer o trabalho de 10 e ainda cobrá-lo pelo trabalho de 20. Ameaçá-lo de perder o emprego. Deixá-lo fazendo coisas que ele odeia, assumindo responsabilidades que ele não está preparado para assumir, não respeitando suas limitações.

A empresa deve dar lucro porque só assim ela pode sobreviver ao mercado. Existe concorrência (leal e desleal). Existem clientes cada vez mais exigentes. A pressão é generalizada. O funcionário é apenas o fim desta cadeia de pressão, de sofrimento. O funcionário sofre pressão e é ameaçado de perda do emprego pelo chefe, que por sua vez tem um chefe que lhe impõe pressão, que por sua vez tem um chefe que lhe impõe pressão, que por sua vez tem um chefe que lhe impõe pressão... até a ponta da hierarquia, que não é o dono da empresa, nem o mercado, nem o presidente da república, nem o chefe da ONU.

O que está no topo da escala é a ganância do ser humano, esta incapacidade de colocar o bem-estar das pessoas em primeiro lugar, o ato de se lixar para o próximo, de se considerar mais importante e melhor que os demais.

O pai da ganância é o Diabo. Quem manda nisso tudo portanto é Satã em pessoa. Ele está no topo desta cadeia. Esta é meramente a manifestação física da guerra espiritual que travamos. Mesmo que você não creia em Deus e no Diabo, você ainda pode considerar o Diabo como aquela área em nossa mente que nos impulsiona para as atitudes ruins, ou seja: aquela maldade que todo ser humano carrega dentro de si contra a qual devemos lutar conscientemente.

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