LUTE

Combata o bom combate da fé. Tome posse da vida eterna, para a qual você foi chamado e fez a boa confissão na presença de muitas testemunhas - 1 Timóteo 6:12

SE DEIXE TRANSFORMAR

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus - Romanos 12:2

ACEITE O SACRIFÍCIO

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna - João 3:16

VÁ NA CONTRA-MÃO

Converta-se cada um do seu caminho mau e de suas más obras, e vocês permanecerão na terra que o Senhor deu a vocês e aos seus antepassados para sempre. Não sigam outros deuses para prestar-lhes culto e adorá-los; não provoquem a minha ira com ídolos feitos por vocês. E eu não trarei desgraça sobre vocês - Jeremias 25:5-6

REFLITA A LUZ DE JESUS

Pois Deus que disse: "Das trevas resplandeça a luz", ele mesmo brilhou em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo - 2 Coríntios 4:6

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30 de dezembro de 2011

LEI ANTIPALMADAS - MAIS UM ABUSO DO GOVERNO


Olhem só isso:


Eu estava navegando pela Internet hoje e me deparei com a notícia de que a tal "Lei da Palmada" foi aprovada em 14/12/2011 por unanimidade no Congresso e vai para aprovação do Senado.

Se o Senado aprovar ninguém mais poderá dar uma palmada sequer nas crianças para educá-las sob risco de pagar multa, perder a guarda da criança, ser preso, etc. Só vai poder conversar.

Vai ser interessante ver como serão estas crianças no futuro próximo. Crianças cujos pais nunca deram uma só palmada, que só trataram os desvios do filho(a) na base da conversa tornam-se crianças complicadas, que quando fazem algo errado ou não querem fazer algo tentam te enrolar na base da conversa, fazem muita birra, etc. Eles sabem que as coisas não passarão de conversa. Crianças são espertas. Elas não vêem consequências diretas para seus atos, e vão crescer com essa impressão. Que tipo de adolescentes e adultos você acha que elas se tornarão?

Você pode criar mecanismos de punição indireta para a criança, como deixá-la de castigo, ou tirar algo dela, mas ela vai assimilar aquilo como consequência negativa? Vai ser reforçado na memória dela a longo prazo? Eu tenho minhas dúvidas. Mas eu não sou pai nem psicólogo, não sei bem do que estou falando neste sentido.

Mas no meu entender este é só mais um exemplo do Governo interferindo negativamente com a família, que é a verdadeira responsável pela educação das crianças e é quem deve decidir como a mesma deve ocorrer. Criar formas de fortalecer a família o Governo nem quer saber, mas interferir com ela, ele quer. Estranho, não? Nunca dá nada, e quando pode, tira algo.

Diversos psicólogos afirmam que bater nos filhos tem efeito nulo ou prejudicial, mesmo quando feito pontualmente para corrigir coisas graves e educá-las. Outros afirmam o contrário, que palmadas nos momentos certos, sem abusos, são efetivas e corrigem positivamente contribuindo para a formação do caráter. Eu acredito na ultima. E você?

Eu sempre me lembro do seguinte trecho de provérbios quando leio sobre este assunto, e creio que é de uma sabedoria realmente divina:


"Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno"
Provérbios 23:13-14


Acho que quase todo mundo levou palmadas quando criança e isso não fez de nenhum de nós pessoas com traumas ou propensão a violência (pelo menos não por causa das palmadas).

Palmadas não são boas. Antes não tivéssemos que dá-las. Mas elas são um mal necessário, como um remédio que tem gosto amargo mas salva uma vida. E querem tirar isso da sociedade. Querem dizer para você como você deve educar seu filho.

Se as pessoas começassem a falar sobre isso e pressionar o Senado de alguma forma, pode ser que tenhamos uma chance de negar esta lei por apelo popular. A sociedade está calada diante de mais este abuso do Estado, e os políticos aproveitam esse silêncio para fazerem o que bem entendem.

Falem sobre isso. Não se calem. O futuro depende de você.

26 de dezembro de 2011

PEDINDO AJUDA DA MANEIRA CERTA

Existem muitos aproveitadores no mundo.

Como diz o ditado, gente que pede uma mão e quer levar o braço inteiro. Pessoas que querem aplicar golpes pedem por ajuda. Pode ser pela Internet, pode ser na rua.

Dai então as pessoas que realmente precisam de alguma ajuda sentem-se marginalizadas de alguma forma. "Vão pensar que eu estou querendo me aproveitar, ou que sou fraco, ou folgado, ou vagabundo" elas pensam. Mas não deveria ser assim.

Quando você finalmente cria coragem e pede ajuda para alguém, esta pessoa fica frustrada ou irritada com você? Isso já ocorreu em sua vida?

Imagine o seguinte caso: você vai pedir a um amigo que lhe ajude a pintar uma parede. O amigo concorda, e fica feliz pela oportunidade de ajudar um amigo tão querido. Mas chegando ao local, após pintar o muro por um tempo, você percebe que seu amigo está frustrado.

Algumas horas se passam e a pintura termina. Você olha para o muro e se sente infeliz porque ele não está muito bem pintado, já que você não tem muita experiência com isso. Olha para o lado e vê seu amigo muito frustrado e irritado. Você olha para ele e vê que ele não está sujo de tinta, ao contrário de você. Você se magoa com ele porque ele não fez nada para te ajudar. Ambos saem irritados e feridos daquela situação. Você não entende porque ele não apenas não te ajudou como também ficou irritado com você. Seu amigo põe na cabeça que nunca mais vai te ajudar com nada e você põe na cabeça que nunca mais vai pedir nada para ele.

Só que você não havia percebido algo: você não deu nenhum pincel ou rolo para seu amigo, nem deixou ele chegar perto da bandeja com a tinta e nem mesmo do muro. Você não percebe que não deixou seu amigo te ajudar mesmo que ele soubesse pintar muros tão bem quanto ou até mais do que você mesmo.

Isso acontece o tempo todo com muitas pessoas e muitas situações:
  • Problemas financeiros
  • Vícios comportamentais
  • Problemas emocionais
  • Comportamentos inadequados
  • Sobrecarga de atividades
  • Estresse
  • Uso de Drogas
  • Doenças
  • Desemprego
  • Problemas espirituais

Uma das coisas mais frustantes para amigos ou familiares é quando você vê alguém que precisa de ajuda, mas não pede. A pessoa é cabeça dura, é orgulhosa, ou é completamente cega e sem nenhuma noção de sua limitação. Ela confia tanto em suas forças que não admite que está com problemas, ou acha que ninguém está apto a ajudá-la. Ela está se afundando em dívidas mas acha que está tudo bem já que ainda tem limite no cartão de crédito. Ela vendeu tudo o que tinha em casa para comprar mais doses de crack mas acha que está tudo bem já que nunca teve uma overdose. Ela não vê significado para sua vida e nem tem um propósito para ela, mas acha que está tudo bem porque nunca pensou seriamente em se matar. E por ai vai.

Mas pior que isso é quando a pessoa pede ajuda, mas não permite que as pessoas o ajudem de fato. Não abrem os canais para que a ajuda ocorra, não dão as brechas e espaços necessários, não fornecem as informações necessárias, não proporcionam as ferramentas mínimas certas, não dão o acesso devido, não expõe o problema. Não aceitam ainda que realmente tem um problema.

Se você entende que está vivendo uma situação com a qual não pode lidar sozinho, a primeira coisa que você tem que fazer antes de pedir ajuda para alguém é refletir e então se convencer de fato de que precisa da ajuda, e que esta ajuda vai exigir de você algumas coisas: humildade, desprendimento, confiança, esforço, tolerância a interferência externa.

Você vai ter que se expor para a pessoa a quem vai pedir auxílio e vai ter que se comprometer com ela , pois as vezes a ajuda consiste em orientação e conselhos que a pessoa vai ter que avaliar e seguir em algum momento. Acima de tudo você vai ter que aceitar que tem o problema.

Com base nisso escolha a pessoa mais indicada e então peça ajuda. Se você deixar ela te ajudar e esta realmente for a pessoa indicada para o seu auxílio, você vai viver algo maravilhoso.

A pessoa vai se sentir bem em te ajudar. Você vai se sentir bem em ser ajudado, porque seu problema vai ser resolvido ou aliviado. Sua carga vai ser compartilhada e ambos vão estreitar seus laços de confiança e amizade. Você vai crescer porque vai aprender como evitar, resolver ou aliviar aquele problema, e vai se tornar mais independente conforme o tempo for passando. Você vai poder ajudar outras pessoas no futuro. É assim que as coisas melhoram! O prazer não está apenas na pessoa que é ajudada e tem seu problema resolvido. Ajudar também dá muito prazer. Principalmente quando a pessoa ajudada:

  • Se deixa ajudar
  • É humilde
  • É grata
  • Se esforça genuinamente para ser ajudada e solucionar o problema

Aceitar ajuda e deixar que te ajudem não é sinal de fraqueza ou incompetência, muito pelo contrário: pedir e aceitar ajuda é sinal de força e responsabilidade.

É dever de cada um lidar com seus próprios negócios e problemas de maneira correta, justa e adequada. Mas pedir ajuda quando entendemos que não somos mais capazes de lidar com a situação, e se deixar ajudar,  é algo que agrada a Deus acima de tudo.

Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Mas prove cada um a sua própria obra, e terá glória só em si mesmo, e não noutro. Porque cada qual levará a sua própria carga. E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui. Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.
Gálatas 6:1-9

25 de dezembro de 2011

2 TIMÓTEO 4:2-5

Após bastante tempo, voltei a fazer a leitura bíblica proposta pelo calendário da Junta de Missões Mundiais. O do ano que vem já chegou, e espero conseguir fazer a leitura todos os dias, e viver os ensinamentos de Deus em minha vida, no meu dia a dia, porque é simplesmente isso que Deus deseja de nós.

A leitura de hoje era 2 Timóteo. Eu já havia lido alguns trechos deste livro no passado, mas ao lê-lo inteiramente hoje, percebo o óbvio para quem lê esta carta: trata-se de orientações de conduta e fé. Trata-se de exemplos práticos. E trata-se de coisas que ocorrem em nossas vida mesmo hoje, no terceiro milênio. Separei os trechos que mais falaram a mim e vou descrever o que eles me tocaram em uma pequena série de posts porque o texto final ficou muito grande


Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério.


2 Timóteo 4:2-5

O que falar a respeito de tantas novas religiões, movimentos espirituais e doutrinas filosóficas esotéricas? Do misticismo que tem se infiltrado até mesmo nas diversas igrejas evangélicas pentecostais que surgem em cada esquina das grandes cidades, com história de copo de água em cima da tv, de cajado santo, de sabonete de óleo de unção, de pastor milagreiro? E da expansão do ateísmo, do espiritismo, da gnose?

As pessoas não querem ouvir a verdade que Jesus Cristo é, e Paulo já falava disso. Não querem entender que o cristianismo é sacrifício, é mortificação do ego, é viver pelo outro, é amar ao próximo, é se anular! Por mais que seja dolorose (e é), por mais que seja humilhante (e é), por mais que nós não gostemos disso. Por que isso não é NADA comparado ao amor ao próximo, a anulação do ego, a mortificação a própria carne e a anulação própria que Jesus demonstrou na cruz por cada um de nós.
Para não ouvir isso, criaram doutrinas, perverteram a palavra de Deus de diversas maneiras, desacreditaram-na e a negaram definitivamente, criando também outras opções ou substitutas.

Estes são os mitos.
Hoje, dia 25 de dezembro de 2011, o mundo celebra aquilo que deveria ser um memorial ao surgimento do messias, ao nascimento de Jesus Cristo, que cresceu e sofreu a maior das dores e a maior das humilhações para que cada um de nós tivesse a oportunidade de se redimir de seus pecados, de se relacionar novamente com Deus, purificados e justificados. Mas em muitos países do mundo, e mesmo em muitas casas de países cristãos, isso sequer é recordado. Este é um dos motivos que me fez escrever um post sobre o por que eu deveria comemorar o natal.

As pessoas preferem ignorar isso, ou negar, ou desacreditar Jesus e seu evangelho.

Elas não são tão diferentes daqueles que bateram, crucificaram, cuspiram e feriram a Jesus.
A apologia é esta:
O viver de Cristo em nós é sobrenatural sim, mas também um exercício de viver aquilo que Ele nos ensinou; de certa forma Jesus vive em nós por meio de seus ensinamentos e da prática que exercemos dos mesmos em nosso dia-a-dia. Renegá-lo, negá-lo, abandoná-lo ou substituí-lo, portanto, é o mesmo que ter pregado suas mãos e pés na cruz, espancado-o, ferido-o e matado-o. Acreditando nEle ou não.

24 de dezembro de 2011

2 TIMÓTEO 3:12-13

Após bastante tempo, voltei a fazer a leitura bíblica proposta pelo calendário da Junta de Missões Mundiais. O do ano que vem já chegou, e espero conseguir fazer a leitura todos os dias, e viver os ensinamentos de Deus em minha vida, no meu dia a dia, porque é simplesmente isso que Deus deseja de nós.

A leitura de hoje era 2 Timóteo. Eu já havia lido alguns trechos deste livro no passado, mas ao lê-lo inteiramente hoje, percebo o óbvio para quem lê esta carta: trata-se de orientações de conduta e fé. Trata-se de exemplos práticos. E trata-se de coisas que ocorrem em nossas vida mesmo hoje, no terceiro milênio. Separei os trechos que mais falaram a mim e vou descrever o que eles me tocaram em uma pequena série de posts porque o texto final ficou muito grande.

De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.


2 Timóteo 3:12-13




Mais uma confirmação do que comentei no início. Muitas pessoas não entendem que o cristianismo genuíno está muito mais ligado a vivenciar sofrimentos do que prazeres. E as perseguições fazem parte disso.

A perseguição, na cabeça de muitas pessoas, só seria real se o governo ou grupos da sociedade prendessem cristãos, ou os torturasse, matasse, queimasse igrejas, etc. Isso ocorre desta forma em muitos países pelo mundo, e isso não é noticiado. Mas a perseguição que ocorre muitas vezes é sutil, mas não por isso menos dolorosa.

Pode ser um comentário bobo aqui, um comportamento exclusivamente destinado a escandalizar um cristão ali, uma discussão baseada em lógica semelhante a aquela apresentada por Arthur Schopenhauer que consegue desacreditar e por por terra qualquer argumentação humana para a fé em Jesus Cristo. Ou pode simplesmente ser conversas com "amigos" que acham que você acreditar nisso de Jesus é ridículo, que é antiquado, que é "uma muleta", que é retrogrado, que é perda de tempo, que é ofensivo, que é errado, e por ai vai.

Paulo fala claramente: seremos perseguidos. Mas a sociedade chama isso de liberdade religiosa, ou liberdade de expressão. Não sabem a que fim esta liberdade serve, mas mesmo que soubessem muitos não ligariam, porque ou estão entregues, ou não acreditam nestas coisas.

23 de dezembro de 2011

2 TIMÓTEO 3:1-7

Após bastante tempo, voltei a fazer a leitura bíblica proposta pelo calendário da Junta de Missões Mundiais. O do ano que vem já chegou, e espero conseguir fazer a leitura todos os dias, e viver os ensinamentos de Deus em minha vida, no meu dia a dia, porque é simplesmente isso que Deus deseja de nós.

A leitura de hoje era 2 Timóteo. Eu já havia lido alguns trechos deste livro no passado, mas ao lê-lo inteiramente hoje, percebo o óbvio para quem lê esta carta: trata-se de orientações de conduta e fé. Trata-se de exemplos práticos. E trata-se de coisas que ocorrem em nossas vida mesmo hoje, no terceiro milênio. Separei os trechos que mais falaram a mim e vou descrever o que eles me tocaram em uma pequena série de posts porque o texto final ficou muito grande.

Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, sendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes. São estes os que se introduzem pelas casas e conquistam mulherzinhas sobrecarregadas de pecados, as quais se deixam levar por toda espécie de desejos. Elas estão sempre aprendendo, mas não conseguem nunca de chegar ao conhecimento da verdade.


2 Timóteo 3:1-7
Com relação a esta passagem me veio a mente imediatamente muitas pessoas com quem eu tenho contato cotidiano, e que são resistentes a palavra de Jesus, quando não severos negadores. A maioria é constituída de pessoas muito inteligentes e esclarecidas, pessoas que estão sempre estudando algo, que consomem conhecimento, que buscam expandir seus horizontes a todo o tempo, em todos os assuntos. Mas é como diz o trecho: elas nunca chegam ao conhecimento da verdade, porque a verdade deste mundo é relativa e mutável, nunca é definitiva.

Eu tenho a impressão de que o ser humano tem uma fome dentro dele que nunca fica satisfeita. Ele tem que estar sempre comendo, sempre se alimentando. Só que Jesus fez uma analogia disso falando não de fome, mas sim de sede.

Em Salmos 42:1 já o versículo "Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus. ".

Muitas passagens da Bíblia fazem a analogia de Jesus como a água que mata a sede de nossas almas, como aquilo que supre a origem de todas as necessidades.

Estas pessoas procuram nos conhecimentos para saciar esta sede. Mas nunca ficarão fartos, porque o que realmente importa eles não procuram, pelo contrário, rejeitam.

22 de dezembro de 2011

2 TIMÓTEO 2:22-26

Após bastante tempo, voltei a fazer a leitura bíblica proposta pelo calendário da Junta de Missões Mundiais. O do ano que vem já chegou, e espero conseguir fazer a leitura todos os dias, e viver os ensinamentos de Deus em minha vida, no meu dia a dia, porque é simplesmente isso que Deus deseja de nós.

A leitura de hoje era 2 Timóteo. Eu já havia lido alguns trechos deste livro no passado, mas ao lê-lo inteiramente hoje, percebo o óbvio para quem lê esta carta: trata-se de orientações de conduta e fé. Trata-se de exemplos práticos. E trata-se de coisas que ocorrem em nossas vida mesmo hoje, no terceiro milênio. Separei os trechos que mais falaram a mim e vou descrever o que eles me tocaram em uma pequena série de posts porque o texto final ficou muito grande.

Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, juntamente com os que, de coração puro, invocam o Senhor. Evite as controvérsias tolas e fúteis, pois você sabe que acabam em brigas. Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente. Deve corrigir com mansidão os que se lhe opõem, na esperança de que Deus lhes conceda o arrependimento, levando-os ao conhecimento da verdade, para que assim voltem à sobriedade e escapem da armadilha do diabo, que os aprisionou para fazerem a sua vontade.


2 Timóteo 2:22-26

Discussões sobre fé, política e futebol acabam sempre sendo polêmicas. Hoje em dia, o leque de assuntos "proibidos" aumentou, há um patrulhamento tremendo por parte da mídia e das próprias pessoas. Todos estão sensíveis a qualquer coisa que vá contra sua opinião, independente de qual ela seja. TODOS, até mesmo os crentes.

Uma coisa é conhecer e não se abster da realidade de Jesus, de seu amor e de sua salvação. Outra é tentar fazer outras pessoas se convencerem disso. Nós não convencemos ninguém, mas sim o Espírito Santo de Deus. Não é manipulação psicológica ou emocional. É o espírito de Deus que toca a pessoa. Só que muitos não se deixam tocar, resistem. Em pate por desconfiança da própria igreja, que errou e erra. Falta às pessoas entender que a igreja deve ser exemplo no mundo, mas ao mesmo tempo, não há como ela ser perfeita. Falta entendimento de ambos os lados.

O próprio Jesus disse ainda, em Mateus 22:14 "Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos".  Quanto a isso nada podemos fazer, a não ser conversar até onde nos seja permitido, e orar, mesmo porque não cabe a nós julgar nada e nem ninguém.

ARREPENDIMENTO

Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele. Mas, se alguém obedece à sua palavra, nele verdadeiramente o amor de Deus está aperfeiçoado. Desta forma sabemos que estamos nele: aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou.

1 João 2:3-6



Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

1 João 2:15-17
O que significa arrepender-se?

Eu percebo que muitas pessoas gostam de viver a idéia do "eu não me arrependo de nada do que fiz". Pelo contrário, dizem se arrepender do que não fizeram. Eu mesmo em minha adolescência fiz algumas besteiras me deixando levar por este conceito que hoje eu entendo ser totalmente equivocado. Me arrependo de algumas coisas que fiz com base nesta ideologia torta. Eu amava o mundo, como João disse acima que não devemos fazer. Queria ser amado por ele também. É assim que muitas pessoas vivem sua vidas. Na esperança de um amor, de uma vitória, que nunca virá, e que se vier, será vazia em significado espiritual, o que em ultima instância, é o que importa.
 
Assim sendo, arrepender-se parece que virou algo proibido e ruim, algo que é prejudicial ao ser humano porque causa sofrimento psíquico desnecessário. E tudo isso porque, alega-se, "é impossível mudar o que passou". O que é verdade.

Mas as pessoas se esquecem do papel fundamental que o arrependimento tem na vida e na sociedade humana, esquecem do seu valor e da sua capacidade transformadora.

ARREPENDIMENTO GERA MUDANÇA.

O arrependimento não pode mudar o passado, mas pode alterar o presente e moldar o futuro. Isso causa sofrimento é claro, toda mudança gera estresse e todo estresse incomoda. Mas o arrependimento é algo totalmente BOM se ocorrer diante da constatação de erros perante Deus, ou de erros perante a lei, ou de erros perante tudo o que é justo e correto.
 
Por exemplo: bandidos tem que se arrepender de seus crimes. Se não se arrependerem, o que os impedirá de cometerem os mesmos crimes novamente após sua prisão e julgamento? Por isso existe uma pena para crimes cometidos, algo que lhes faça se arrepender de seus erros. Quando o bandido comete um novo crime, sua pena fica mais pesada. Isso deveria gerar arrependimento, mas no Brasil isso não ocorre exatamente assim por causa da corrupção, das falhas do sistema judiciário, etc. Isso não ocorre obviamente com Deus.

Você acha que conosco, que cometemos crimes contra o amor de Deus (pecado), não há a mesma necessidade de arrependimento? Claro que há, e digo que ela é mais urgente e importante do que qualquer arrependimento para com erros humanos. Porque é deste arrependimento que surgirá uma mudança tão básica e fundamental em nós que afetará todo o resto em um verdadeiro efeito dominó.
 
Mas se há a necessidade de arrependimento você pode se perguntar qual é a pena que nos levará a tal mudança de comportamento então. Ela existe, pode acreditar. O nome desta pena é "morte".

"Mas espere um pouco... todo mundo morre, até mesmo os crentes mais fiéis". É verdade, mas não é dessa morte física que eu falo. É da morte espiritual. Muitas pessoas passam por esta morte após a morte física, indo para o inferno por não terem se submetido ao amor de Deus em suas vidas, tendo satisfeito suas mentes e almas com supérfluos e anestésicos. Muitas pessoas também passam por esta morte ainda em vida.
 
Mas não e engane: o mesmo pode ocorrer com muitos daqueles que julgam conhecer e seguir a Jesus. Por isso há tanto pecado e coisas erradas em diversas igrejas, o que é muito grave porque afasta os não crentes da verdade, escandalizando-os. Lembro-me do livro "Deixados para Trás" onde, no arrebatamento¹, um pastor foi deixado para trás com muitos não crentes. O pastor não era uma má pessoa, ele era bondoso, ele fazia trabalhos sociais, ele cuidava da igreja com zelo, mas não havia dentro dele a fé de fato, a crença derradeira, a busca pelo viver diante de Deus e com Deus. Não houve um verdadeiro arrependimento.
 
É como o trecho no início deste post diz. Há pessoas que apenas falam que são de Deus, mas em seus corações não há a humildade para reconhecer que estão se enganando. Eu não me excluo desse grupo. Não sei até que ponto realmente sou de Deus, pois há em minha vida pecados que não consigo superar. Gosto de pensar que tenho reconhecido meus defeitos e tentado (não com muito sucesso infelizmente) erradicá-los. Busco me arrepender de cada um deles, e mudar.
 
Como falei, não é tarefa fácil. Não é agradável para nós mesmos, mas é agradável para Deus. Não porque ele goste de nos ver sofrendo, mas sim porque é este o bom combate do Senhor, é nossa determinação em abandonar o pecado e procurar nos relacionar com nosso Pai, mesmo que seja doloroso. Porque é simplesmente a coisa certa a ser feita. E se isso agrada a Deus, vou lutar esta luta até minha morte física, na esperança de alcançar sua graça.

E qual graça é esta? É o perdão de Deus, é a revogação da minha pena.

"Mas não é necessária uma pena para o arrependimento? Como vai se arrepender se não houver a pena? A ordem das coisas ai não está invertida?"

Sim, está.
 
E sabe o que é mais maluco ainda? A pena existe, nós deveríamos pagar por ela, mas na verdade ela já foi cumprida. Por Jesus Cristo.
 
Tudo o que ele sofreu, tudo o que ele passou, eu merecia. Cada um de nós merecia. Então não devia ocorrer arrependimento, não é mesmo? Se não vamos sofrer nada, se Jesus sofreu por nós, não há por que nos arrepender.
 
Errado.
 
Quando você busca conhecer a Deus você já está reconhecendo que há algo errado em sua vida. Com todos os crentes isso ocorreu em algum momento. "Há um Deus que me ama e eu não tenho feito nada para amá-lo, o que eu tenho que fazer?"
 
Eu mesmo sempre me perguntava, antes de entrar para uma igreja de fato e me converter (tenho formação católica mas me batizei na Igreja Batista quando adulto): há algo além deste mundo, há algo após a morte; a vida humana, a mente, os sentimentos, o Universo é complexo demais para se restringir a apenas uns 100 anos de vida mais ou menos, então qual é a verdade que rege isso tudo, quem é que puxa as cordas para tudo funcionar?
 
Algo dentro de mim dizia que havia uma "coisa" que transcendia todo o entendimento, que dava significado a tudo, que expandia a realidade até além do que eu poderia ver, sentir ou ouvir. Havia algo sobrenatural.
 
Como João disse no texto inicial deste post, quando você busca compreender a Deus, quando entende o seu sacrifício por meio de Jesus, o seu amor, você se arrepende. Porque você entende que estava andando errado este tempo todo, e que você vai morrer por isso se não mudar sua conduta, e então você se arrepende. Se fosse tivesse que deixar de existir para se arrepender de algo, de nada adiantaria, pois você não existiria mais para que o arrependimento existisse. Por isso que Deus enviou seu único filho, Jesus, para pagar esta pena.

É Jesus que nos permite o arrependimento em tempo hábil.



¹ O momento anterior ao início do final dos tempo onde Jesus leva para os céus os crentes para poupá-los da grande tribulação final. Pelo menos é assim que o livro define, há um certo debate teológico a respeito disso nas escrituras

21 de dezembro de 2011

2 TIMÓTEO 1:7-13

Após bastante tempo, voltei a fazer a leitura bíblica proposta pelo calendário da Junta de Missões Mundiais. O do ano que vem já chegou, e espero conseguir fazer a leitura todos os dias, e viver os ensinamentos de Deus em minha vida, no meu dia a dia, porque é simplesmente isso que Deus deseja de nós.

A leitura de hoje era 2 Timóteo. Eu já havia lido alguns trechos deste livro no passado, mas ao lê-lo inteiramente hoje, percebo o óbvio para quem lê esta carta: trata-se de orientações de conduta e fé. Trata-se de exemplos práticos. E trata-se de coisas que ocorrem em nossas vida mesmo hoje, no terceiro milênio. Separei os trechos que mais falaram a mim e vou descrever o que eles me tocaram em uma pequena série de posts porque o texto final ficou muito grande.


Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio. Portanto, não se envergonhe de testemunhar do Senhor, nem de mim, que sou prisioneiro dele, mas suporte comigo os sofrimentos pelo evangelho, segundo o poder de Deus, que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação, não em virtude das nossas obras, mas por causa da sua própria determinação e graça. Esta graça nos foi dada em Cristo Jesus desde os tempos eternos, sendo agora revelada pela manifestação de nosso Salvador, Cristo Jesus. Ele tornou inoperante a morte e trouxe à luz a vida e a imortalidade por meio do evangelho. Deste evangelho fui constituído pregador, apóstolo e mestre. Por essa causa também sofro, mas não me envergonho, porque sei em quem tenho crido e estou bem certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia. Retenha, com fé e amor em Cristo Jesus, o modelo da sã doutrina que você ouviu de mim.


2 Timóteo 1:7-13

Ultimamente eu venho me sentido esmagado pelo mundo. Tudo e todos parecem não acreditar em Deus, todos parecem ter prazer em rejeitá-lo, seja pelos mais diversos motivos (decepção, descrença, outra crença, etc). A sensação é de que falar de Jesus e Deus OFENDE as pessoas, e logo uma discussão chata e agressiva se inicia.
O que este trecho me diz é que isso ocorre desde o início.

As pessoas não estão dispostas a ouvir, mas isso não significa que eu tenha que me envergonhar, pelo contrário. Devo me orgulhar e perseverar.

Eu não preciso testemunhar com minha boca, mas sim com minha vida e com minhas atitudes. Mudar é difícil, mas pelo menos eu vou dar mais ouvidos a Deus do que a maioria das pessoas. Se conseguir mudar minha vida, o testemunho será mais efetivo perante tudo e todos. E é por isso que venho orado e trabalhado nos últimos tempos. Creio que deva ser assim com todos os crentes em Jesus.

16 de dezembro de 2011

JOSUÉ CODO

Faleceu hoje às 04h00, aos 66 anos de idade, meu sogro, Josué Codo. Uma figura rara, diga-se de passagem.

O velório e sepultamento ocorreram no Cemitério das Saudades em Campinas, em um dia quente de verão, com bastante sol e ar úmido. Diversas pessoas compareceram ao local, dentre pastores, colegas de infância, familiares, membros de igrejas de Campinas e amigos de longa data. Seu hino predileto foi cantado, e nas mãos de seu corpo foram colocadas uma de suas flores preferidas. Um gesto de respeito e reconhecimento a tudo o que ele foi, afinal todos ali já sabiam que ele estava na companhia de Deus, provavelmente contando alguma piada para os amigos que já o estavam esperando por lá. Ele era assim.

Sabe, eu não sou uma pessoa fácil de conviver, infelizmente. Por isso mesmo nunca fui muito próximo do meu sogro, ao menos não tanto quando eu imagino que deveria ter sido já que eu era o único genro que ele poderia ter, uma vez que minha esposa é filha única. Mas eu o respeitava, gostava e admirava ao meu modo, e gosto de pensar que ele entendia isso. Posso não ter sido um genro ideal mas também sei que estava longe de ser um genro ruim.

Eu não o admirava pelo trabalho de contabilidade e economia que ele adorava e que desenvolveu em centenas de empresas, nem pelo exército de amigos que ele possuía, nem pelo gosto musical que permeava todos os momentos de sua vida, nem pelos hobbys na área de som que ele desenvolvia dentro e fora da igreja.

Não que estas não sejam coisas a serem admiradas. Claro que são, mas eu mesmo nunca me importei com isso porque de certa forma, isso está ligado à personalidade individual de cada ser humano. E estas coisas não tinham muito a ver com a minha personalidade.

O que eu realmente admirava nele era sua fé inabalável e constante, que o levavam a ter um comportamento tão digno diante de diversas situações que abalariam muitos outros (eu principalmente). Ele foi uma pessoa que VIVEU o evangelho, um crente a moda antiga, alguém que procurou em qualquer circunstância adorar a Jesus com sua vida e com seus atos, dos mais simples aos mais complexos.

Ele lutou o combate do Senhor, tendo evangelizado até o ultimo dia no leito do hospital.

Lutou contra o câncer de uma maneira tão digna e corajosa que comovia vê-lo debilitado e com dores, quase sem conseguir comer, andar ou mesmo respirar, mas mesmo assim, pensando nos outros e nunca nele mesmo.

Nos momentos mais íntimos é claro que ele teve medo, mas nunca, NUNCA teve dúvidas de que Deus estava no comando, e que como servo, qualquer coisa que lhe ocorrece seria visando seu próprio bem. Como ele disse a um dos pastores que estava no local (e relembrou isso com todos os presentes) ele dizia: Deus sabe o que faz.

Mas que bem você pode imaginar vindo de tanto sofrimento com esta doença tão terrível e por fim com sua morte? Eu vejo tantos... ele deu um testemunho de vida tão forte que levará muitos a fazer uma reflexão profunda de suas vidas, assim como ocorre comigo mesmo. Ele levou, direta ou indiretamente, muitos ao conhecimento de Cristo e de seu evangelho. Ele mostrou que não devemos temer a morte, mas entender que ela faz parte da vida e ao mesmo tempo foi derrotada por Jesus Cristo na ressureição. E por fim, imagino que por sua fidelidade Deus o tenha poupado de coisas piores, já que o mundo tem se mostrado cada vez mais descrente, com uma sociedade cada vez mais corrompida, cruel, malévola e dominada pelo medo, terror, doenças, falta de valores e falta de fé.

Conversando com uma das irmãs dele, disse que eu o admirava por todas estas coisas, e que eu esperava ser pelo menos metade do crente que ele foi. Agora percebo que eu não queria ser parecido com ele, mas sim com Jesus. A irmã dele me disse então que, quando eu tiver a idade dele, provavelmente terei esta firmeza, pois a vida, as dificuldades e as perdas nos ensinam a amar ao Senhor com mais intensidade. É basicamente o que John Piper prega. Eu acredito nisso porque vivo esta mesma experiência. O cristianismo é uma experiência de amor, e ao mesmo tempo de sofrimento:

O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.

Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.

Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.

João 15:12-14


Na última vez que eu o ví, a última coisa que ele me disse, foi uma piada. De cadeira de rodas, um dia antes de ir para o hospital do qual não saiu com vida, quando eu me despedi para ir embora, ele me disse: "Daniel, arrume mais uma cadeira de rodas e vamos apostar uma corrida na ladeira aqui em frente de casa". Eu disse que ia arrumar uma, e uma garrafa de 51 pra gente beber e perder o medo de cair.

Ele deixará saudades. Mas sabemos que vamos nos reencontrar um dia junto do Senhor.

1 de dezembro de 2011

POR QUE COMEMORAR O NATAL?

Bem, ai vem mais um natal.

Este ano o natal será mais melancólico e triste para mim. Tudo indica que é o último que meu sogro passará conosco graças ao câncer. O ano de 2012 promete ser difícil para mim, minha esposa e minha sogra. Será um ano de muitas mudanças.

Mas a verdade é que eu nunca gostei muito do natal, qualquer pesquisa neste blog revela isso. Na verdade nunca gostei muito de qualquer tipo de festa ou festividade, mas com relação ao natal meu descontentamento é maior. Acho que ele é um feriado muito pretensioso.

A primeira coisa que eu não gosto nele é que a igreja católica o associou ao nascimento de Jesus no séc. III e isso pode ter funcionado por alguns séculos para agregar novos "convertidos" (se é que eram mesmo convertidos), mas hoje não funciona mais. As igrejas falam que esta época deve servir para comemorar o nascimento de Jesus, mas todos já estão cansados de saber que a data era, antes disso, uma data comemorativa do solstício de inverno no hemisfério norte, como descreve por exemplo a Wikipedia:

O Natal ou Dia de Natal é um feriado comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis),[2] e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano,[3][4][5] passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.[6][7] O Natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no Cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal que dura doze dias.[8]

Embora tradicionalmente seja um feriado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos,[1][9] sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios e ilex. Além disso, o Papai Noel (conhecido como Pai Natal em Portugal) é uma figura mitológica popular em muitos países, associada com os presentes para crianças.[10]

Como a troca de presentes e muitos outros aspectos da festa de Natal envolvem um aumento da atividade econômica entre cristãos e não cristãos, a festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.

No meu entender o natal deveria ser oficialmente desvinculado do cristianismo, ficando o "aniversário" de Jesus sendo comemorado da forma apropriada: todos os dias do ano.

A todo instante Jesus tem a oportunidade de nascer em nossos corações, este é o convite que Ele nos faz. É no cotidiano que devemos comemorar o nascimento e o sacrifício do Senhor, sua salvação. São nas relações que temos, nas conversas, no trabalho... complicado, né? É mais fácil se preocupar com isso só uma vez por ano.

Eu não quero mais comemorar o natal que o mundo comemora já faz tempo.

Se é uma época do ano em que as pessoas gastam mais, bom para a economia e para quem ganha presentes. Se é uma época do ano em que as pessoas pensam mais nas outras e tentam fazer alguma caridade, ótimo também. Mas o porque destas pessoas fazerem isso só nesta época do ano e não no ano todo é que me deixa bolado.

Ter uma época do ano especial para sermos bons é um pouco estranho. Devíamos ser bons todos os dias do ano, não?

Por que sermos bons sob alguma condição apenas? O amor de Deus para conosco ocorre gratuitamente, e gratuitamente deveríamos amá-lo, buscando o amor ao próximo, a justiça e a paz.

Mas preferimos trocar presentes para aquecer a economia, sermos bonzinhos ocasionalmente para nos promover perante os outros ou perante nossa própria consciência. Há aqueles que dizem que a moralidade independe da crença em Deus. Mas Deus é a pedra fundamental de qualquer definição de moralidade, e Jesus o cumprimento desta moralidade em seu mais alto grau de perfeição.

É no legado dEle que todos nós cuspimos ao resumirmos o natal a uma festa com troca de presentes e distribuição de esmolas.

Deus e Jesus choram diante da humanidade se perdendo cada vez mais dentro de seu próprio ego.

TÉDIO


O tédio é um sentimento Humano descrito como um estado de falta de estímulo, ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc. As pessoas afetadas por tédio em caráter temporário consideram este estado muitas vezes como perdido, perda de tempo, mas geralmente, não mais do que isto. Alternativamente, alguns acham que ter tempo de sobra também causa tédio. Para as pessoas entediadas, o tempo parece passar mais lentamente do que quando elas estão entretidas. Tédio também pode ser um sintoma de depressão.Tédio é uma das piores coisas que uma pessoa pode sentir.

O tédio pode levar a atitudes impulsivas e às vezes mesmo excessivas, que não servem para nada e podem causar danos. Por exemplo, estudos mostram que acionistas da Bolsa de Valores podem vender ou comprar ações sem nenhuma razão objetiva para tal, simplesmente porque eles sentem-se entediados por não terem nada para fazer, onde o tédio é desencadeado por uma situação de saída de uma atividade rotineira de fazer contas, verificar investimentos, etc.




Após dias de correria, o tédio surge como mofo, brotando para alimentar-se da decomposição de algo que antes era desejado. Acumula-se como poeira em um ambiente fechado de ar viciado. Nada escapa a ele, que macula tudo, tudo toca, tudo impregna.

Existem pessoas que não se entediam. Na minha opinião são idiotas felizes.

Qualquer pessoa que consegue se manter entretido constantemente precisa obviamente de uma dose de auto-motivação que certamente tem sua raiz em alguma ignorância crônica. São pessoas tolas que acreditam em ditados como "Deus ajuda a quem cedo madruga" ou na história de que o ser humano é em essência , bom.

Há também aqueles que se mantêm entretidos com base em um otimismo irrecuperável, e da mesma forma são idiotas felizes porque de alguma forma fecharam os olhos para a realidade terrível de nosso mundo e escolheram ocupar suas mentes apenas com o que há de melhor.

Eu gostaria desesperadamente de ser um idiota feliz.

Mas o fato é que eu não sou, e nunca serei.

Após 3 anos de terapia cheguei a esta conclusão. Eu sou o que sou, e no máximo poderei aprender como não deixar o que sou me destruir muito rapidamente. Digo rapidamente porque no final das contas sempre somos nós mesmos quem nos destruímos.

O tédio pelo menos no meu caso não é um capricho, tão pouco é romantizado. É um mal que me aflige e me define ao mesmo tempo. É o mal-humor, o senso crítico e a acidez que fazem com que saibam quem eu sou, assim como a incapacidade de tomar decisões sérias rapidamente para que sejam bem tomadas, a má-vontade de assumir responsabilidades porque quando são assumidas me consomem muita energia e tempo no comprometimento, ou a falta de vontade de participar de qualquer tipo ou espécie de competição porque na verdade eu odeio perder, e ganhar dá muito trabalho.

O tédio é portanto uma das facetas de quem sou, parte constante da inconsistência chamada Daniel Paixão Fontes, ex-muitas-coisas, outrora cheio de sonhos e hoje cheio de pensamentos perdidos no infinito de sua insignificância.

20 de novembro de 2011

É HORA DOS CRISTÃOS "OCUPAREM"

Texto original em português em http://www.midiasemmascara.org/artigos/conservadorismo/12578-e-hora-dos-cristaos-ocuparem.html
Escrito por Ted Baehr | 17 Novembro 2011


Nós estamos no ponto em que as pessoas olham mais para o governo para receber salvação econômica do que olham para Jesus Cristo. Se você está satisfeito apenas em ficar assistindo para ver quem ganha, você poderá se ver perdendo tudo.

De Nova York a Atlanta, Londres e Hobart, Austrália (perto de onde estou agora palestrando), os marxistas estão engajados num movimento coordenado chamado “Ocupe”. Eles estão buscando apoio da mídia esquerdista para suas iniciativas de promover a luta de classes. Seu mantra é o de que a causa da atual crise econômica são os ricos oprimindo os pobres.
Muitos cristãos assistem a esses protestos no noticiário noturno com desgosto ou entretenimento. Mas eles deveriam vê-los como uma chamada à ação.
No Evangelho de Lucas, Jesus conta uma parábola: “Certo homem nobre partiu para uma terra remota, a fim de tomar para si um reino e voltar depois. E, chamando dez servos seus, deu-lhes dez minas, e disse-lhes: Negociai até que eu venha. Mas os seus concidadãos odiavam-no, e mandaram após ele embaixadores, dizendo: Não queremos que este reine sobre nós”.
Nós, que somos Seus servos fomos chamados para ocupar em Seu nome até a volta dEle. Devemos proclamar o evangelho e ganhar os perdidos, em preparação para o Sua volta. Devemos ser o sal da terra e luz do mundo. Somos chamados a assumir uma posição mais corajosa do que qualquer marxista. Quando Ele voltar seremos responsabilizados pelo que fizemos e se fizemos o melhor para “ocupar”.
Eu não fui criado em um lar cristão. Meu pai e minha mãe foram estrelas de cinema. Meu pai trabalhava assiduamente na Broadway. Eu mesmo estava profundamente mergulhado em ideias marxistas. Um amigo de meu pai me deu uma Bíblia e desafiou-me a lê-la. Comecei a lê-la com a expectativa de ser capaz de dar ao amigo do meu pai minhas razões brilhantes para rejeitá-la.
Eu não a rejeitei. Ela mudou minha vida. Não apenas um pouco — mas radicalmente.
Para mim, o arrependimento incluiu afastar-me de filmes vis e ajudar a levar “As Crônicas de Nárnia” para a televisão. Isso incluiu ir a um seminário. Isso incluiu dar início à Comissão de Televisão e Filmagem Cristã para levar de volta para Hollywood a defesa dos valores cristãos.
As pessoas acampadas nessas cidades, que apaixonadamente pedem uma guerra contra os ricos, precisam do evangelho. Elas precisam do que eu mesmo recebi. Nem todo mundo que recebe uma Bíblia, nem todos aqueles com quem você compartilha o Evangelho serão transformados. Mas alguns serão.
Aqueles que estão “ocupando” cidades ao redor do mundo não são tímidos ao declarar suas convicções. Eles querem mudar o mundo. Eles querem uma revolução.
Eu quero mudar o mundo. Eu quero uma revolução. Aqui na Austrália, eu estou visitando meus netos. Quero deixar-lhes como legado uma cultura mais cortês, mais cristã. Eu quero ver mais crianças crescendo com um pai e uma mãe que amam a Deus, amam seus filhos e uns aos outros. Eu quero que haja menos vulgaridade e mais cortesia. Eu quero ver as pessoas experimentarem mais a paz, alegria e amor de Deus e menos da lascívia, ganância, orgulho, egoísmo, raiva e a imoralidade sexual de Satanás.
Há uma paixão em mim. Eu não estou acampado numa barraca à procura de câmeras de televisão para que eu possa chamar a atenção de todos, mas eu viajo o mundo para compartilhar o que eu aprendi sobre como educar crianças saudáveis em um mundo inundado por mensagens ímpias nos meios de comunicação.
O mundo vai dar atenção aos marxistas e entregar sua liberdade em favor de burocratas “iluminados” que farão todas as suas escolhas no nosso lugar? Será que eles vão estabelecer novos gulags para punir os ricos e aqueles que decidirem, tardiamente, que eles não deveriam ficar do lado dos marxistas? Tomara que não.
O mundo vai dar atenção àqueles para quem Jesus ordenou “ocupar” até a volta dEle? Será que aqueles a quem Jesus chamou e mandou “ocupar” serão tão corajosos e tão apaixonados como aqueles que são fanáticos por seu marxismo?
A grande crise econômica do mundo não é o resultado dos ricos oprimindo os pobres. Dá para se fazer um argumento muito melhor dizendo que essa crise é consequencia de um mundo que virou as costas a Deus. A cura para os males do mundo não é o governo dando esmolas, socorros financeiros e concessão de direitos. Deveria ser óbvio que os governos do mundo estão falidos demais para expandir ou até mesmo continuar esse comportamento destrutivo. Não dá para se tirar riqueza suficiente dos ricos para dar luxos de classe média para todos na Terra — principalmente quando os meios de comunicação estão incentivando cada vez mais a imoralidade.
O caminho para a sanidade mental e prosperidade é pavimentado com justiça. É pavimentado com trabalhadores e empregadores que colocam Deus em primeiro lugar e que têm coração de servo. É pavimentado com a atitude de abandonar [o modelo] da “família moderna” e restabelecer a família como Deus quis que fosse. É pavimentado com verdadeira compaixão e generosidade — não com a redistribuição forçada da riqueza. É pavimentado com a redenção dos meios de comunicação. Quando mais pessoas em todo o mundo assistirem “Courageous” ao em vez de “Hangover” (1), estaremos avançando na direção certa.
Eu não trabalho sozinho. Tenho um equipe apaixonada e simpatizantes apaixonados. Juntos estamos “ocupando”. Há muitos outros cristãos “ocupando” também, mas há muitos que estão satisfeitos por serem apenas espectadores.
Agora não é hora de ser espectador. A crise econômica poderá se aprofundar muito mais. A Europa está cambaleando à beira do abismo econômico, e os Estados Unidos não estão muito atrás. Os argumentos que os marxistas estão apresentando podem parecer mais tentadores se os governos forem forçados a reduzir concessão de direitos ao mesmo tempo em que mais e mais pessoas exigem direitos. Nós estamos no ponto em que as pessoas olham mais para o governo para receber salvação econômica do que olham para Jesus Cristo. Se você está satisfeito apenas em ficar assistindo para ver quem ganha, você poderá se ver perdendo tudo. Os pobres dos Estados Unidos seriam considerados ricos em muitas partes do mundo. Se você incitar o mundo a punir todos os americanos “ricos”, a carnificina não vai parar com os multi-milionários.
O motor da prosperidade mundial é o capitalismo, e esse motor pode suprir prosperidade para todo o mundo, se for alimentado pelo amor de Deus.
O capitalismo pode ser tão cruel e horrível quanto o comunismo se for abastecido com inveja, ganância e egoísmo. Se for alimentado por Deus, os ricos terão coração de servo e os pobres terão a oportunidade de ouro de sair da miséria. O bolo econômico cresce exponencialmente. A luta de classes impede o crescimento do bolo. Burocratas não eleitos tentam dividi-lo da maneira de acordo com sua “sabedoria”. Eles tendem a dividir o bolo de qualquer forma que os mantenham em posição de autoridade. Eles tradicionalmente começam exterminando os comedores do bolo que eles considerem indignos ou rebeldes.
Não fique satisfeito em simplesmente assistir à história se repetindo. A História tem um enredo magnífico ou horripilante. Escolha o enredo que você deseja para si mesmo, seus filhos e seus netos e “ocupe”. A Bíblia tem enredos de Israel sendo transportado para a escravidão. A Bíblia tem também enredos de líderes chamando Israel ao arrependimento. Israel, assim como sua prosperidade, eram restabelecidos. Espectadores dispostos a assistir à decadência moral estão entre aqueles que serão transportados para a escravidão.
Se você quer algo melhor para si mesmo, seus filhos e seus netos, “ocupe” em nome de Jesus Cristo com o Seu amor e sacrifício para viver o reino de paz em todo o mundo.



Ted Baehr
é fundador do Movieguide e membro do The Inter-American Institute.
Publicado originalmente no WND.

Tradução: Julio Severo

18 de novembro de 2011

POR QUE TENHO PENSANDO EM ABANDONAR TODA E QUALQUER REDE SOCIAL


Ontem a noite, logo após o jantar, eu estava na mesa com minha esposa conversando sobre generalidades. Isso é muito bom, principalmente quando você teve um jantar agradável como o que ela havia preparado para nós. Foi neste momento que eu acabei confessando algo para ela que anda me incomodando demais: o Facebook.

Não o Facebook propriamente dito (isso ocorreria com o Orkut, Twitter ou qualquer outra rede social), mas sim o que eu tenho visto no Facebook, e mais precisamente, minha reação interna ao que eu tenho visto.

É sempre mais ou menos a mesma coisa: as pessoas na sua lista de contatos contam de suas vidas, falam o que pensam a respeito de tudo (mesmo que isso ofenda outras pessoas), postam frases de efeito com lição de moral que subentende que ela é superior a maioria, falam como o final de semana foi perfeito, como adora fulano ou ciclano e nunca falam do derp ou da derpina, como está lindo o filho de 1 ano, posta foto da gravidez, fala como é bom em fazer tal e tal coisa, idolatra alguma personalidade famosa, desdenha de outras, xinga alguém, fala que está comendo algo especial, chora... e por ai vai.

Ou seja, para mim a rede social é apenas mais uma vitrine nesta vida. As pessoas estão ali para se expor, seja com fotos, seja com textos, relatos, etc e tal. Todos querem ser um pouco celebridades. Todos gritam desesperados: OLHEM PARA MIM!!!

A diferença disso para uma vitrine de verdade é que na de verdade você tem que ir até o lugar onde ela está para vê-la. Por exemplo, em um shopping. Já na rede social não. Na rede social a vitrine vem até você, em sua casa, o tempo todo, se esfregando na sua cara. E só há uma forma de você evitá-la, que é não acessando a tal rede ou bloqueando as pessoas. Mas por outro lado eu quero acessar esta rede porque eu quero manter contato com algumas pessoas, mas isso acaba ocorrendo sem nenhuma espécie de filtro.

As pessoas acabam vomitando em cima de você todo tipo de coisa, boas e ruins, construtivas ou não, em uma intensidade muito maior do que elas costumam fazer “ao vivo”. Elas simplesmente falam o que pensam na maioria das vezes e isso me incomoda a tal ponto de, ao ver uma pessoa postando algo que ela acha bacana e legal, ou compartilhando algo que é bom para ela, sinto o mais intenso e agonizante ódio. Sim, ódio.

Ódio, inveja, sentimento de inferioridade, desprezo, rancor, raiva.

Tudo isso vem me ocorrendo quando eu vejo um post do tipo “bom dia” com alguma frase que tem por finalidade demonstrar que a pessoa é superior a tudo a sua volta, como:

Se a semana não tem feriado a gente reclama. Se tem feriado a gente arruma alguma forma de reclamar também. Vamos reclamar menos e viver mais? Carpe Diem.

Eu odeio lição de moral, simplesmente porque isso faz com que as pessoas dêem a impressão de que são superiores a você, quando você lê aquilo e pensa “que merda, cala a boca”. Só aceito lição de moral de Jesus e olhe lá.

Outros tipos de post, como aqueles em que as pessoas se gabam do quão boa é a vida dela ou do quão boa ela é, me deixam não só com raiva, mas também com inveja.

Por exemplo, uma amiga antiga postou fotos de seu barrigão de 8 meses de gestação de seu primeiro filho. Aquilo me deixou repleto de raiva, inveja e frustração, porque eu e minha esposa estamos tentando engravidar a quase 2 anos e nada. Outra postou fotos do filho rescém nascido e isso me provocou o mesmo tipo de sentimento. Estes sentimentos não são bons. Eu não os quero.

Minha esposa ainda me disse que pelo menos eu não nutro aquele tipo de ódio e inveja onde a pessoa começa a sabotar ou prejudicar as outras, mas a verdade é que tais sentimentos vão me matando aos poucos e me causando sofrimento, porque eu sei que eles são errados e as pessoas não merecem que eu os sinta por elas porque no final das contas elas estão apenas divulgando algo que julgam ser do interesse das pessoas que se dizem seus amigos. Um amigo não sentiria isso, certo? Um cristão não sentiria isso, certo?

Se eu não consigo portanto lidar com isso então, não sei se por minha personalidade ou se por algum quadro decorrente da minha depressão, ou pela própria natureza humana, o melhor é evitar a exposição ao agente que a causa. Ou seja, a maldita rede social. Porque além disso tudo, ela tem outro fator que me estressa, que é a sobrecarga de informação.

Eu não lido bem com muitas coisas ao mesmo tempo desde quando tive minha primeira crise depressiva. Eu preciso me concentrar muito em uma coisa de cada vez para fazer isso sem me irritar ou exaurir. Não tenho tido crises profundas de depressão há tempos, mas uma constante depressão leve me acompanha e me faz ficar irritado com um monte de pequenas coisas, e acho que é assim que eu funciono atualmente, seja para o bem ou para o mal. Seja em redes sociais, seja em iterações sociais reais e ao vivo. Não posso ter muitos estímulos simultâneos. Não lido bem com eles.

O lado ruim disso tudo é o isolamento. Para me sentir em paz, eu preciso da solidão. Mas na solidão eu não tenho ninguém para conversar sobre a minha paz.

Peço desculpas aos amigos e familiares se eu me distancio demais. Se o faço, é para evitar sentimentos ruins da minha parte provocados por coisas que vocês fazem e nem percebem (algumas vezes percebem também, pois fazem intencionalmente), ou fazem e deveriam ser inofensivas para todos, mas não para mim. Isso não impede que eu sinta saudades de vocês.

Estou em exílio voluntário, mas creio eu, é para o meu bem e o de vocês também, já que não precisarão estar ao lado de alguém tão confuso que provavelmente estará irritado com alguma besteira qualquer.

28 de outubro de 2011

DEUS É PAI, DEUS É MÃE

A visão paternalista (e porque não machista) de Deus é notória. A sociedade judaica era e é fundamentalmente patriarcal, portanto as analogias a Deus como Pai eram e são as mais lógicas dentro daquele contexto.

Porém a Bíblia nunca atribui de fato um gênero a Deus. Deus é portanto assexuado, porque Ele não é de natureza física mas sim espiritual. Jesus enquanto encarnado assumiu o gênero masculino, mas porque assim era necessário devido a lei do holocausto (se não me engano, estipulada primeiramente em Números 15). Era necessário um cordeiro para o sacrifício final, que foi a crucificação, sendo portanto Jesus o cordeiro de Deus.

Disse isso tudo porque li no Facebook de uma amiga uma história muito boa. Uma história que espelha a realidade de Deus em nossas vidas, se pensarmos em Deus não como "Ele", mas sim como "Ela". Se pensarmos em Deus como Mãe e não como Pai.

É uma história que nos faz pensar que a realidade é uma coisa tão relativa, tão limitada a nossa capacidade de percepção, de interpretação do que nos rodeia, que de fato podemos assumir que não sabemos de nada porque não temos como perceber o que está além do que somos capazes de compreender. A história é a seguinte:


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos.

17 de outubro de 2011

CANSAÇO

Ontem a noite eu estava orando. Na verdade conversando com Deus mais um dos meus desabafos. Não um desabafo comum, mas sim uma entrega. Nunca me senti tão cansado em minha vida quanto tenho me sentido nos últimos tempos. Não um cansaço físico, que realmente tem me abatido pela primeira semana de volta a academia de musculação. Mas sim um cansaço da alma.

Converso sobre diversas coisas com minha psicóloga em minha terapia que já caminha para 4 anos, mas uma das mais recorrentes é que eu tenho uma percepção muito violenta e hostil do mundo. O lugar aonde vivo me parece ser um campo de batalhas. As pessoas me parecem ser todas inimigas ou no mínimo neutras, sem ter ninguém ou quase ninguém em quem eu possa confiar ou com quem eu possa contar. O mundo me agride o tempo todo.

Uma das agressões que mais me ocorre é justamente o fato de “ter que me explicar” o tempo todo. Quando eu falo que acredito em Deus, que quero amá-lo, que quero me entregar a Cristo, que acredito e quero seguir ao evangelho, eu quase sempre sou recebido com uma pergunta: “por que?” E sinceramente estou cansado de tentar respondê-la. Não que eu não saiba o porque. Mas porque a resposta nunca agrada a aqueles que perguntam. Porque há coisas que nunca podem ser explicadas, apenas sentidas e percebidas. E isso nunca basta para muitas pessoas.

10 de outubro de 2011

A RAIVA E A DEPRESSÃO

Pacientes deprimidos podem processar sentimentos de ódio de forma diferente
FONTE: SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL

LindaYolanda / iStockPhoto


Os resultados mostram que pessoas deprimidas têm anormalidades no chamado "circuito do ódio" no cérebro. Normalmente, a atividade cerebral está em funcionamento nas três regiões do circuito, mas em pacientes deprimidos, a atividade nessas regiões fica fora de sincronia, segundo o pesquisador Jianfeng Feng, da University of Warwick, no Reino Unido.

Estes níveis de atividade diferem no que os investigadores chamam de "desacoplamento" do circuito, o que pode explicar o sentimento de auto-desprezo das pessoas deprimidas. Elas não conseguem lidar adequadamente com os sentimentos e, consequentemente, desenvolvem raiva de si mesmas e se retiram de situações sociais, explicam os pesquisadores.

No entanto, é necessário que ainda sejam feitas muitas pesquisas para mostrar conclusivamente que pacientes deprimidos, de fato, tenham problemas com o controle dos sentimentos de ódio, ligados a este circuito cerebral. Os pacientes do estudo não estavam fazendo nada em particular enquanto tiveram seus cérebros escaneados, por isso é impossível saber quais eram seus sentimentos na época. Além disso, não está claro se as anormalidades cerebrais são uma causa ou uma conseqüência da depressão, disse Feng ao MyHealthNewsDaily.

Imagens do cérebro

No estudo, os pesquisadores analisaram os cérebros de 39 pacientes deprimidos e 37 pessoas saudáveis usando ressonância magnética funcional (fRMI). Os pesquisadores usaram os exames para criar mapas de redes no cérebro.

Eles descobriram que o “circuito do ódio”, que consiste no giro frontal superior, ínsula e putâmen do cérebro, foi dissociado em pacientes deprimidos.
“O método utilizado neste estudo para analisar o cérebro é animador”, disse Angela Laird, professora associada de radiologia da University of Texas Health Science Center, em San Antonio. Os pesquisadores estavam tentando olhar para a chamada "conectividade funcional" do cérebro, isto é, as interações entre as regiões cerebrais durante o curso de uma determinada tarefa, ou em repouso, segundo Laird. Este método permite que os pesquisadores examinem cerca de 100 regiões do cérebro, em vez de apenas oito ou dez regiões que antogamente eram possíveis de ser examinadas.

Críticas
No entanto, segundo Laird, ela está "menos entusiasmada" com as conclusões dos pesquisadores provenientes sua descoberta. "Eles fizeram uma ligação muito direta" entre os padrões de atividade cerebral que viram e sua conclusão de que o "circuito do ódio" é desacoplado.

O circuito do ódio, que foi identificado em 2008 por Semir Zeki, da University College London, está associado a outras tarefas, para Laird. Na verdade, acredita-se que duas das regiões do cérebro no "circuito do ódio" também estão relacionadas a sentimentos de amor.

Laird afirmou que vê problemas com a prática da rotulagem de um conjunto de regiões do cérebro como um circuito específico, como o "circuito do ódio."

Segundo ela, esta prática "tenta reduzir e simplificar funções muito complexas associadas a um conjunto de regiões ainda mais complexas do cérebro a meia dúzia de palavras”.

Embora as novas tecnologias tenham avançado na nossa forma de analisar o cérebro, os nossos métodos para interpretar os resultados do estudo não alcançaram o mesmo nível, disse Laird.

No próximo estudo, os pesquisadores disseram que pretendem não mostrar imagens de objetos ou pessoas que os pacientes deprimidos não gostam enquanto seus cérebros são escaneados, disse Feng.

O estudo foi publicado no dia 4 de outubro na revista Molecular Psychiatry.

20 de setembro de 2011

PESO

Não sei porque estou escrevendo isso agora. Só estou chateado com meu corpo. Sim. Não é só com minha mente e com minha alma que me deprimo. Meu corpo também me tira do sério. E como.

Estou bem acima do meu peso. "Faça exercícios para perder peso" é o que me disseram. OK, comecei a fazer. Mas os exercícios que faço exigem que eu seja mais magro para poder fazê-los sem me machucar, com um desempenho mediano.

Então vou ter que fazer outro tipo de exercício que não me da nenhuma vontade de fazer. E uma dieta que me dá calafrios. Porque eu ja fiz dietas antes, emagrecia e depois de um tempo a dieta acabava e eu engordava tudo de novo, até mais do que antes.

"Procure um médico então" me falaram. Ok, procurei. E logo de cara ele me diz que não faz o tratamento pelo plano de saúde e que eu teria que fazer particular, pagando uns R$1.500,00 logo de cara. Eu não tenho este dinheiro. Na verdade até poderia arrumar, mas não quero gastar este valor todo com isso.

Os planos de saúde (o meu é Unimed Campinas) realmente não ligam para seus clientes, falam em ações preventivas, mas mentem. Se realmente dessem importância a isso não iam dificultar tanto o acesso a psicólogos e nutricionistas.

30 de agosto de 2011

NEM LIGO



10 de agosto de 2011

O PROPÓSITO DO SOFRIMENTO

Devido a tudo o que vem ocorrendo em minha família (dois casos sérios de câncer, um mais grave que o outro) e ao sofrimento que isso implica a mim e aos que me são tão próximos, obviamente vem a tona a velha questão do "por que Deus permite tanto sofrimento ao ser humano?". Não digo apenas no caso da minha família, mas sim da humanidade em geral, porque coisas tão ruins ou muito piores do que estas ocorrem com centenas de milhares de outras pessoas neste exato momento. Ocorrem, ocorreram e ocorrerão.

John Piper (http://www.desiringgod.org) é um pastor batista norte-americano que prega o que ele chama de "evangelho do sofrimento". Indo na contra-mão dos teólogos da prosperidade (que ele e eu abominamos) ele esclarece que o cristianismo em síntese chama-nos a uma vida, neste mundo material aqui, de sofrimento, não pelo sofrimento em si, mas pelo que ele representa no mundo hoje e pelo que ele representa para nós mesmos e para Deus.

Para o mundo representa nossa conversão, uma vez que ser crente em Jesus implica em ser diferente, em ser perseguido, ridicularizado, em se revoltar contra a ordem do mundo e não poder fazer nada de prático para mudar as coisas, em ser tentado a fazer coisas que agora, sabe-se, são contra a vontade de Deus, em ser exposto a situações e culturas que nos levam a práticas incorretas, a ser influenciado ao invez de influenciar, etc.

Pessoalmente representa a capacidade de deixar de adorar a nós mesmos e passar a adorar a Deus. De agir e caminhar nos caminhos de Deus mesmo com espinhos. Mesmo com doenças. Mesmo com miséria. Mesmo com morte e sofrimento. E o exemplo máximo disso foi o próprio senhor Jesus. Ele não veio ao mundo se não para cumprir a vontade do Pai. Jesus veio para salvar, é verdade, mas salvar não apenas por seu ato na cruz mas também (e penso eu, principalmente) por seu exemplo que devemos seguir.

Seu exemplo foi de amor, mas ao mesmo tempo, de sofrimento inigualável, de sofrimento e morte física. Não pelo sofrimento em si. Não pela morte em si. Mas pelo que eles significavam! Pelo desprendimento que Ele teve de si mesmo, única e exclusivamente para que seus atos demonstrassem que DEUS e sua vontade eram importantes ali, e não ele. Deus é o que importa, e não nós mesmos. E renegar a nós mesmo nos faz sofrer, e muito.

Mais ainda do que isso tudo, eu começo a vislumbrar uma verdade que agora parece óbvia, que você até pode já ter lido em algum lugar ou percebido ao ler o livro de , mas que eu só percebo o quão rica é agora que estou imerso neste sofrimento e busquei entender seu propósito: é no sofrimento que temos a oportunidade de glorificar a Deus mais do que nunca. Porque quando tudo está bem, quando sua geladeira está cheia, você e seus familiares estão com saúde e prosperidade, é muito fácil dar graças a Deus, se é que você se lembrará de Deus nestes momentos de euforia.

Mas quando tudo vai mal... é neste momento que sabemos se realmente acreditamos e amamos a Deus, se o adoramos acima de todas as coisas e se compreendemos que TUDO está no controle dEle, e que tudo tem um propósito, e que tudo colabora para o bem dos que o amam... mesmo que seja aquilo que entendemos como sofrimento.

Porque é mais impactante para o ser humano e mais profundo a sua natureza ver uma pessoa em intenso sofrimento glorificar a Deu de todo o coração do que ver alguém que acabou de conquistar o mundo fazendo isso.