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28 de outubro de 2011

DEUS É PAI, DEUS É MÃE

A visão paternalista (e porque não machista) de Deus é notória. A sociedade judaica era e é fundamentalmente patriarcal, portanto as analogias a Deus como Pai eram e são as mais lógicas dentro daquele contexto.

Porém a Bíblia nunca atribui de fato um gênero a Deus. Deus é portanto assexuado, porque Ele não é de natureza física mas sim espiritual. Jesus enquanto encarnado assumiu o gênero masculino, mas porque assim era necessário devido a lei do holocausto (se não me engano, estipulada primeiramente em Números 15). Era necessário um cordeiro para o sacrifício final, que foi a crucificação, sendo portanto Jesus o cordeiro de Deus.

Disse isso tudo porque li no Facebook de uma amiga uma história muito boa. Uma história que espelha a realidade de Deus em nossas vidas, se pensarmos em Deus não como "Ele", mas sim como "Ela". Se pensarmos em Deus como Mãe e não como Pai.

É uma história que nos faz pensar que a realidade é uma coisa tão relativa, tão limitada a nossa capacidade de percepção, de interpretação do que nos rodeia, que de fato podemos assumir que não sabemos de nada porque não temos como perceber o que está além do que somos capazes de compreender. A história é a seguinte:


No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.
O primeiro pergunta ao outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?
- Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.
- Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.
- Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos.

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