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1 de dezembro de 2011

POR QUE COMEMORAR O NATAL?

Bem, ai vem mais um natal.

Este ano o natal será mais melancólico e triste para mim. Tudo indica que é o último que meu sogro passará conosco graças ao câncer. O ano de 2012 promete ser difícil para mim, minha esposa e minha sogra. Será um ano de muitas mudanças.

Mas a verdade é que eu nunca gostei muito do natal, qualquer pesquisa neste blog revela isso. Na verdade nunca gostei muito de qualquer tipo de festa ou festividade, mas com relação ao natal meu descontentamento é maior. Acho que ele é um feriado muito pretensioso.

A primeira coisa que eu não gosto nele é que a igreja católica o associou ao nascimento de Jesus no séc. III e isso pode ter funcionado por alguns séculos para agregar novos "convertidos" (se é que eram mesmo convertidos), mas hoje não funciona mais. As igrejas falam que esta época deve servir para comemorar o nascimento de Jesus, mas todos já estão cansados de saber que a data era, antes disso, uma data comemorativa do solstício de inverno no hemisfério norte, como descreve por exemplo a Wikipedia:

O Natal ou Dia de Natal é um feriado comemorado anualmente em 25 de Dezembro (nos países eslavos e ortodoxos cujos calendários eram baseados no calendário juliano, o Natal é comemorado no dia 7 de janeiro), originalmente destinado a celebrar o nascimento anual do Deus Sol no solstício de inverno (natalis invicti Solis),[2] e adaptado pela Igreja Católica no terceiro século d.C., para permitir a conversão dos povos pagãos sob o domínio do Império Romano,[3][4][5] passando a comemorar o nascimento de Jesus de Nazaré.[6][7] O Natal é o centro dos feriados de fim de ano e da temporada de férias, sendo, no Cristianismo, o marco inicial do Ciclo do Natal que dura doze dias.[8]

Embora tradicionalmente seja um feriado cristão, o Natal é amplamente comemorado por muitos não-cristãos,[1][9] sendo que alguns de seus costumes populares e temas comemorativos têm origens pré-cristãs ou seculares. Costumes populares modernos típicos do feriado incluem a troca de presentes e cartões, a Ceia de Natal, músicas natalinas, festas de igreja, uma refeição especial e a exibição de decorações diferentes; incluindo as árvores de Natal, pisca-piscas e guirlandas, visco, presépios e ilex. Além disso, o Papai Noel (conhecido como Pai Natal em Portugal) é uma figura mitológica popular em muitos países, associada com os presentes para crianças.[10]

Como a troca de presentes e muitos outros aspectos da festa de Natal envolvem um aumento da atividade econômica entre cristãos e não cristãos, a festa tornou-se um acontecimento significativo e um período chave de vendas para os varejistas e para as empresas. O impacto econômico do Natal é um fator que tem crescido de forma constante ao longo dos últimos séculos em muitas regiões do mundo.

No meu entender o natal deveria ser oficialmente desvinculado do cristianismo, ficando o "aniversário" de Jesus sendo comemorado da forma apropriada: todos os dias do ano.

A todo instante Jesus tem a oportunidade de nascer em nossos corações, este é o convite que Ele nos faz. É no cotidiano que devemos comemorar o nascimento e o sacrifício do Senhor, sua salvação. São nas relações que temos, nas conversas, no trabalho... complicado, né? É mais fácil se preocupar com isso só uma vez por ano.

Eu não quero mais comemorar o natal que o mundo comemora já faz tempo.

Se é uma época do ano em que as pessoas gastam mais, bom para a economia e para quem ganha presentes. Se é uma época do ano em que as pessoas pensam mais nas outras e tentam fazer alguma caridade, ótimo também. Mas o porque destas pessoas fazerem isso só nesta época do ano e não no ano todo é que me deixa bolado.

Ter uma época do ano especial para sermos bons é um pouco estranho. Devíamos ser bons todos os dias do ano, não?

Por que sermos bons sob alguma condição apenas? O amor de Deus para conosco ocorre gratuitamente, e gratuitamente deveríamos amá-lo, buscando o amor ao próximo, a justiça e a paz.

Mas preferimos trocar presentes para aquecer a economia, sermos bonzinhos ocasionalmente para nos promover perante os outros ou perante nossa própria consciência. Há aqueles que dizem que a moralidade independe da crença em Deus. Mas Deus é a pedra fundamental de qualquer definição de moralidade, e Jesus o cumprimento desta moralidade em seu mais alto grau de perfeição.

É no legado dEle que todos nós cuspimos ao resumirmos o natal a uma festa com troca de presentes e distribuição de esmolas.

Deus e Jesus choram diante da humanidade se perdendo cada vez mais dentro de seu próprio ego.

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